Defesa de Tese – Biorrefinaria da macroalga vermelha gracilaria birdiae (Plastino e Oliveira) visando a obtenção de compostos naturais com aplicação em alimentos
Data da publicação: 31 de maio de 2022 Categoria: Sem categoriaData: 03/06/2022 – 14h –
Autor(a): ANTONIA LIVÂNIA LINHARES DE AGUIAR
Banca Examinadora:
Profª. Elisabeth Mary Cunha da Silva – orientadora – PPGCTA
Profª. Marjory Lima Holanda Araújo – coorientadora -UFC
Profª. Ana Lúcia Pereira Fernandes – UFMA
Profº. Bartolomeu Warlene Silva de Sousa – UFC
Profº. Paulo Henrique Machado de Sousa – PPGCTA
Profª. Stella Regina Arcanjo Medeiros – UFPI
Profª. Sandra Helena de Mesquita Pinheiro – UFPI
Local: VIDEOCONFERÊNCIA – Conforme Portaria CAPES 36 de 19 de março de 2020.

Resumo:
O conceito de biorrefinaria surgiu a partir da busca pelo aproveitamento completo da biomassa para a obtenção de uma ampla gama de produtos. As macroalgas marinhas são organismos fotossintetizantes que biossitentizam uma série de compostos de importância comercial. A R-ficoeritrina, um complexo pigmento-proteína vermelho
fluorescente classificado como ficobiliproteína, está presente nas algas vermelhas e apresenta potencial aplicação nas indústrias de alimentos, cosméticos, saúde e biotecnológica. Já o ágar, outra biomolécula extraída desses organismos, é um polissacarídeo com ampla aplicação em produtos industrializados, análises e métodos diagnósticos. Este é o primeiro estudo que relata a obtenção da R-ficoeritrina (R-FE) e do ágar da macroalga vermelha Gracilaria birdiae sob o conceito de biorrefinaria. No primeiro capítulo, uma estratégia e duas otimizações de extração e purificação parcial da R-FE foram avaliadas e as frações pigmentadas mais promissoras foram a F25/35, F25/35 e a F25/45 com índices de pureza/rendimentos 1,64/0,17, 0,71/0,44 e 0,56/1,20 mg.g-1, respectivamente. Os parâmetros colorimétricos mostraram a manutenção da cor após as etapas de obtenção e secagem do pigmento. O ágar obtido a partir do resíduo da extração da R-FE (ARES-Gb) apresentou rendimento de 31,64%, superior aos relatados na literatura quando extraídos da macroalga úmida ou seca e com propriedades físico-químicas e reológicas similares ao ágar comercial. Já no segundo capítulo, o estudo foi focado na caracterização físico-química e atividade antioxidante (ABTS•+ e DPPH) da R-FE. A estabilidade do pigmento frente a diferentes aditivos (ácido ascórbico-AA; benzoato de sódio; EDTA dissódico e glicose) foi maior na presença de AA, reduzindo as perdas de coloração do pigmento durante os 30 dias de armazenamento a 25°C. Portanto, a biorrefinaria da macroalga vermelha Gracilaria birdiae permitiu um aproveitamento maior da biomassa algácea, uma vez que possibilitou a obtenção de dois compostos de interesse comercial, sendo a R-FE de índice de pureza adequado para aplicação em alimentos, com atividade antioxidante e estável sob armazenamento e o ágar, com rendimento e propriedades físico-químicas similares ao comercial.
Palavras-cheve: R-ficoeritrina; ágar; extração; caracterização.