Defesa de Dissertação – Atividade antimicrobiana, capacidade antioxidante e toxicidade “in vivo” de extratos obtidos da casca do alho (Allium sativum L.)
Data da publicação: 27 de abril de 2022 Categoria: Sem categoriaData: 09/05/2022 – 09h –
Autor(a): PAULA CORREIA MEDEIROS DOS SANTOS
Banca Examinadora:
Profª. Evânia Altina Teixeira de Figueiredo – orientadora – PPGCTA
Profª. Larissa Morais Ribeiro da Silva – UFC
Dra. Giovana Matias do Prado – UFC
Prof. Francisco Ernani Alves Magalhães – UECE
Profª. Cristiane Pereira de Lima – IFCE
Local: VIDEOCONFERÊNCIA – Conforme Portaria CAPES 36 de 19 de março de 2020.

Resumo:
O alho (Allium sativum L.) é uma especiaria cultivada desde a antiguidade, bastante utilizado tanto como alimento, como por seus efeitos medicinais. Apesar de ser muito consumido, grande parte das pesquisas sobre A. sativum se limitam ao estudo do bulbo e seus bulbilhos, ainda que a casca do alho corresponda a 25% do total da produção e seja geralmente descartada pela indústria, a fim de obter uma utilização a este subproduto o objetivo deste trabalho foi elaborar extratos vegetais a partir da casca do alho (Allium sativum L.) utilizando maceração e turbolização como métodos de extração e água ou soluções hidroalcoólicas (50% e 70%) como solventes, avaliar os extratos obtidos em relação ao conteúdo de compostos bioativos, ao potencial antimicrobiano, capacidade antioxidante e a sua toxicidade in vivo.
Os extratos da casca do alho obtiveram altos teores de compostos fenólicos, de taninos totais, de flavonoides e antocianinas. As soluções hidroalcóolicas demonstraram-se mais eficientes na extração destes compostos em relação a utilização de solventes aquosos, assim como o método de maceração foi significativamente superior ao método de turbolização. Esta mesma correlação foi obtida na avaliação do potencial antioxidante, tanto pela captura do radical ABTS, como o DPPH.
Apenas os extratos hidroalcoólicos apresentaram efeito antimicrobiano frente aos microorganismos gram positivos Staphylococcus aureus e Listeria monocytogenes, demonstrando efeitos bactericidas, mesmo em baixas concentrações (a partir de 3mg/ml). No entanto, ainda que nenhum dos extratos tenham demonstrado toxicidade aguda, tanto em relação ao microcrustáceo Artemia salina como peixes-zebra (Danio rerio), os testes de cruzamento de linha demonstraram que nos extratos obtidos com etanol 70% a mesma concentração que apresenta efeito bactericida, também é capaz de afetar a motilidade do zebrafish.
Dessa forma podemos concluir que extratos ETH50% e EMH50% demonstraram excelente potencial para a realização de mais teste visando uma futura aplicação em matriz alimentar, devido a presença de substâncias bioativas e seus efeitos antioxidantes e antimicrobianos.
Palavras-cheve: Casca do alho (Allium sativum L.); Atividade Antimicrobiana; Extratos vegetais