Defesa de Dissertação – Caracterização de extrato de jambu (Acmella ciliata) e análise do potencial de aplicação como ingrediente funcional
Data da publicação: 29 de maio de 2021 Categoria: Sem categoriaData: 31/05/2021 – 10:00 horas –
Autor(a): TATIANA MARIA DE FREITAS GOMES LIMA
Banca Examinadora:
Prof. Raimundo Wilane de Figueiredo – orientador – UFC
Profª. Larissa Morais Ribeiro da Silva – coorientadora – UFC
Prof. Paulo Henrique Machado de Sousa – UFC
Profª. Nágila Maria Pontes Silva Ricardo – UFC
Prof. Ícaro Gusmão Pinto Vieira – UECE
Local: VIDEOCONFERÊNCIA – Conforme Portaria CAPES 36 de 19 de março de 2020.
Resumo:
A utilização das plantas medicinais faz parte da história da humanidade. Essas plantas são tidas como fontes consideráveis de compostos bioativos. O jambu (Acmella ciliata (Kunth) Cass.) é uma planta pertencente à família Asteraceae, amplamente distribuída nas regiões trópicas e subtrópicas de todo o mundo. A sensação de dormência e formigamento deixado nos lábios são características marcantes desse vegetal em virtude da presença do espilantol. Esse composto tem atraído atenção de muitos pesquisadores e indústrias por suas numerosas atividades biológicas e farmacológicas. À vista disso, o presente trabalho teve por objetivo produzir um extrato etanólico de jambu e avaliar o rendimento do extrato, realizar a caracterização química por CG-MS, identificar, isolar e quantificar o espilantol por HPLC, determinar o limite de detecção e o limite de quantificação do espilantol, analisar o conteúdo fenólico total (CFT) e a capacidade antioxidante pelos métodos ABTS+• e DPPH, avaliar a atividade antimicrobiana por difusão em ágar, observar possíveis efeitos tóxicos frente ao Zebrafish (Danio rerio), aplicar o extrato em gelatina vegetal, avaliar a bioacessibilidade do espilantol nas gelatinas adicionadas do extrato e por fim, avaliar a aceitação do produto através da análise sensorial. O redimento do extrato apresentou um valor de 4,75%. O CG-MS identificou o espilantol no Rt 37,299, revelando pureza de 83,60%. O limite de detecção foi determinado em 0.434 μg/mL e o limite de quantificação foi definido em 0.868 μg/mL. Os cromatogramas obtidos por HPLC revelaram um teor de 86,83± 1,07 mg de espilantol/g de extrato. O CFT apresentou um valor de 1053,27 mg EAG/100g, e para a capacidade antioxidante, observou-se melhor potencial pelo método ABTS+• (117,54 μM Trolox/g extrato). A atividade antimicrobiana foi positiva contra três L. monocytogenes e S. aureus (Gram+) e S. enteritidis (Gram-). Na análise de toxicidade, houve redução na atividade locomotora na concentração de 1000 ppm em relação ao grupo de 500 ppm, porém, não ocorreram mortes nas concentrações. Após a avaliação do grupo focal, foram aplicadas em gelatina vegetal de uva as seguintes concentrações de extrato: 7,5, 12,5 e 25% e posteriormente foi realizada a análise sensorial que revelou um produto com boa aceitação de forma geral, mostrando maior preferência dos provadores para a amostra A com 33,75% (27 provadores). O percentual bioacessível do espilantol foi determinado por HPLC-DAD obtendo-se os valores de 23,38, 26,86 e 18,53% de espilantol após o processo de digestão simulada.
Palavras-chave: Plantas medicinais, compostos bioativos, jambu, gelatina vegetal, alimentos funcionais.