Universidade Federal do Ceará
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos

Data: 22/04/2024 – 14h –

Autor(a):  Kamila de Lima Barbosa – Matr.: 507204

Banca Examinadora:

Profª. Dra. Kaliana Sitonio Eça – orientadora – UFC

Profª. Dra. Juliane Döering Gasparin Carvalho – UFC

Profª. Dra. Daiane Finger Ferreira/UNICENTRO

Local: AMBIENTE VIRTYUAL – Plataforma Meet.

Assista online – Para requerer o link para assistir a defesa de dissertação online como ouvinte (PROIBIDO MANIFESTAÇÃO – manter câmara e microfone desligados), você deve enviar e-mail para ppgcta@ufc.br até 04 horas antes do evento.

Resumo:

A própolis é um produto natural e sua composição química complexa é rica em compostos fenólicos que apresentam atividade antioxidante, antimicrobiana e anti-inflamatória. Assim como a própolis, a aceroleira é reconhecida por seu alto teor de ácido ascórbico (AA), compostos fenólicos totais (CFT), carotenoides, antocianinas e considerável potencial antioxidante. A técnica de encapsulação protege os compostos
bioativos da degradação, onde são revestidos de uma camada misturada de material de parede, além de tornar possível sua liberação sob condições específicas e aumentar a sua solubilidade. Desta forma, este trabalho teve como objetivo a obtenção dos pós a partir da polpa de acerola, acrescida de extrato de própolis verde e os materiais de parede goma arábica e maltodextrina através da liofilização. As própolis verde e vermelha foram primeiro caracterizadas quanto ao seu padrão de identidade e qualidade com a determinação de parâmetros físico-químicos tanto para a própolis in natura, quanto para o extrato de própolis, Identificação dos constituintes químicos através de cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) e atividade antiacetilcolinesterase. Os extratos de própolis foram avaliados quanto à estabilidade através da atividade antioxidante em um intervalo de (0,5,10,15) dias. Foram determinadas as características físico-químicas da polpa. Os pós obtidos com a polpa integral de acerola e extrato de própolis foram avaliados quanto à umidade, cor, higroscopicidade, solubilidade, teor de compostos fenólicos, teor de flavonóides, atividade antioxidante e atividade antiacetilcolinesterase contendo 20% (m/m) dos adjuvantes de secagem. Conforme os resultados, as própolis verde e vermelha estão dentro dos padrões de identidade e qualidade de acordo com a Legislação Brasileira. No teste de estabilidade, o extrato de própolis verde manteve-se mais estável em relação ao extrato de própolis vermelha, com valores de concentração inibitória (IC 50) que variaram entre 75,45% e 82,87%. Os pós de polpa integral de acerola e extrato
de própolis apresentaram umidade entre 2,49% e 6,59%, higroscopicidade 4,61% e 8,69% e solubilidade 85,78% e 95,24%. A adição dos materiais de parede na mistura contribuiu para redução da umidade dos pós, enquanto que a maltodextrina resultou em pós com maior higroscopicidade e solubilidade. Os pós também resultaram em compostos fenólicos variando entre 8,41 e 39,55 mgGAE.g -1, flavonoides 3,73 e 5,06 mgQE.g-1, atividade antioxidante 17,83% e 25,78% e atividade antiacetilcolinesterase 12,46 e 14,65 μg.mL-1. Valores esses que se comparados a polpa integral mostraram se melhores com efeito sinérgico. Os adjuvantes contribuíram também para uma maior
luminosidade nos pós em relação a polpa integral. Portanto, a secagem por liofilização foi uma técnica adequada para obtenção do pó deste produto, aumento e conservação dos seus compostos bioativos demonstrando resultados satisfatórios.

Palavras-chave: Própolis; Polpa integral; Material de parede; Liofilização.