Defesa de dissertação – Extratos aquosos de Physalis angulata L. Por diferentes métodos de extração: atividade biológica e screening fitoquímico.
Data da publicação: 7 de junho de 2019 Categoria: Sem categoriaData: 02/07/2019 – 14:00 horas –
Autor(a): Flayanna Gouveia Braga Dias
Banca Examinadora:
Profª. Evânia Altina Teixeira de Figueiredo – (Orientadora)
Profª. Larissa Morais Ribeiro da Silva – UFC
Dra. Celli Rodrigues Muniz – EMBRAPA
Profª. Otilia Deusdenia Loiola Pessoa – UFC
Profª. Leilanne Marcia Nogueira Oliveira
Local: Sala de Aula do PPGCTA – BLOCO 858 – 1º andar Campus do PICI/UFC.
Resumo:
A diversidade de plantas em todo o mundo, bem como a variação química implica em uma grande quantidade de substâncias bioativas. O uso de extratos de plantas com propriedades biológicas surge como uma alternativa viável, saudável e menos onerosa quando comparada a substâncias sintéticas. Neste contexto, objetivou-se com esta pesquisa realizar um screening fitoquímico e avaliar os extratos aquosos das folhas de Physalis angulata L., nativas e cultivadas, quanto a influência do método de extração e material vegetal na bioacessibilidade de compostos bioativos, atividade antioxidante, atividade antimicrobiana, bem como a toxicidade destes sobre o microcrustáceo Artemia salina. Os extratos foram obtidos a partir das folhas nativas e cultivadas de Physalis angulata e três diferentes métodos extrativos (decocção, maceração e assistidos por ultrassom). Estes foram avaliados através de espectros de ressonância magnética nuclear de hidrogênio-1 (RMN 1H) e carbono-13 (RMN 13C), unidimensionais, antes e após a extração de fase sólida, quantificação de compostos bioativos antes e após digestão gastrointestinal in vitro, atividade antioxidante através de métodos espectrofotométricos (ABTS•+ e DPPH), atividade antimicrobiana pelos métodos de difusão em ágar,microdiluição em caldo, danos morfológicos às células bacterianas(Microscopia Eletrônica de Transmissão), além de toxicidade utilizando o microcrustáceo Artemia salina. A análise de variância mostrou diferenças significativas na interação entre os
métodos extrativos e o tipo de material vegetal estudados. Os extratos obtidos por decocção apresentaram os maiores teores de compostos fenólicos e maior potencial antioxidante para ambos os métodos analíticos (ABTS•+ e DPPH), diferindo significativamente dos demais métodos extrativos. Os índices de bioacessibilidade de compostos fenólicos dos extratos foram reduzidos após a digestão gastrointestinal simulada, apresentando baixo potencial antioxidante quando comparado aos dados obtidos antes da digestão. O potencial antimicrobiano dos extratos foi observado apenas frente as bactérias Gram-positivas, Staphylococcus aureus e Listeria monocytogenes por ambos os métodos analíticos, sendo também observado os danos morfológicos causados
às células bacterianas através de imagens de microscopia eletrônica de transmissão. A fração metanólica dos extratos das folhas cultivadas obtidos por deccoção e assistidos por ultrassom também apresentaram potencial antimicrobiano sobre os microrganismos Gram-positivos, sendo esta atividade atribuída ao vitanolideo 4-hidroxivitanolideo E identificado nos espectros de RMN 1H e RMN 13C como composto majoritário. Os extratos aquosos de Physalis angulata com potencial antimicrobiano e antioxidante, bem como suas respectivas frações (metanólicas e aquosas) não apresentaram toxicidade sobre
o microcrustáceo Artemia salina apresentando potencial para aplicação em alimentos, evitando assim o uso de solventes orgânicos e substâncias sintéticas.